segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Para iniciar o ano com o pé direito: 3º EIV Pará!




“Ou os estudantes se identificam com o destino de seu povo ou serão aliados daqueles que exploram o povo.” (Florestan Fernandes)

Alguns devem estar se perguntando: "Mas que diabos é esse tal de EIV?" CALMA! Eu explico: "EIV- Estágio Interdisciplinar de Vivência". Diz a lenda que o EIV surgiu pela primeira vez em 1989- brincadeira gente, não é lenda é dado histórico- e hoje já ocorre em diversos Estados, sendo construído em conjunto por entidades estudantis, grupos de extensão e os movimentos da Via Campesina.
O EIV é composto de três momentos: a preparação, na qual basicamente se estuda os assuntos que são importantes para o entendimento da realidade que os estagiários presenciarão em breve; a vivência que é quando cada um dos estudantes será enviado a uma família camponesa e passa a viver como um membro da família por um período de aproximadamente dez dias; e a socialização das vivências e avaliação do estágio que acontece após esse período de vivência nas áreas rurais, é o espaço onde concluímos o estágio e propomos ações futuras.
Esta experiência se pauta por três princípios fundamentais: a parceria, que se dá na relação do Movimento Estudantil com os Movimentos Sociais Camponeses; a interdisciplinaridade, que propicia o diálogo entre as diferentes áreas do conhecimento, abrindo espaço para outros pontos de vista sobre determinados temas e problemáticas, além de exercitar a discussão e a reflexão coletiva; e a não intervenção, que garante ao estudante dedicar-se apenas ao conhecimento da realidade dos agricultores para compreendê-la e, ao mesmo tempo, oferecer elementos para problematizar sua formação profissional e humana, e, possivelmente, dimensionar ações futuras de interação e contribuição profissional.
O EIV consiste num importante instrumento pedagógico auxiliar da formação profissional e propulsor da tomada de consciência do estudante sobre a diversidade e a complexidade das condições sociais de vida e trabalho vigentes na sociedade, sobretudo, as do meio rural. Também representa para as famílias um espaço de interação, de formação, de elevação significativa da auto-estima, de reflexão, sobretudo do perfil do futuro profissional que irá desenvolver atividades futuras naquela área. O EIV propicia ao estudante universitário o contato com a realidade social daqueles que foram excluídos do processo de produção, no intuito de romper com a divisão entre teoria e prática consagrada na Academia.
Este ano o Najupak teve uma representante do Nucleo, a Sanmarie Rigaud, como estagiária no 2º EIV Pará que logo logo nos trará mais novidades e fotos contando como aconteceu na prática o EIV desse ano e contando a experiência de como foi viver durante estes dias na vivência.

Tem jeito melhor de iniciar o ano na luta? Tem não minha gente! Bom 2012 pra todos nós (:



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