terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Confra Najupak

E eis que mais um longo ano termina. Entretanto, não poderia acabar sem a tradicional confraternização do Najupak. Aqui no núcleo nos fazemos uma confraternização diferente, nos reunimos e trocamos presentes e poesias. Este ano o local escolhido foi o Santa Pizza, na travessa Quintino Bocaiúva, uma das ruas aqui de Belém

Sim, o local escolhido foi uma pizzaria porque o Najupak é um nucleo de loucos por pizza!
Assim como em todas as reuniões Ajupianas, nossa Confra foi marcada por muitos sorrisos e abraços calorosos

Por declamações de poesias aos respectivos amigos ocultos ( a esta altura já não tão ocultos assim!)


E é claro, muitas comilanças e trocas de presentes






As reuniões do nucleo sempre fomentam o espírito de união, amor e amizade presentes no Najupak. Nos fortalecem a sempre continuar na militancia, fazendo Ajup. O ano de 2010 foi um ano de muitas lutas e atuações, algumas despedidas, algumas renovações e muitas alegrias para o nucleo. O ano de 2011 está vindo e nós já estamos cheios de planos para ele, com muitos outros projetos em mente

Por isso, boas festas e um feliz Ano Novo, é que nós da Família najupak desejamos. Até 2011!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Carta da REAPE/PA sobre o I EPAJUP

I Encontro Paraense de Assessoria Jurídica Universitária Popular
19 a 21 de novembro de 2010



Organização:

Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Aldeia Kayapó (NAJUPAK)
Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Isa Cunha
Centro de Assessoria Jurídica Universitária Popular – CEAJUP – Marabá
Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular – NAJUP – UFOPA


Os primeiros grupos de AJUP do Estado do Pará nasceram há cerca de 6 anos, com apoio da Rede Nacional de Assessoria Jurídica Universitária (RENAJU) que realizou o ENAJU no ano de 2004 durante o ENED em Belém, trazendo esta proposta de organização dos estudantes em torno das demandas coletivas populares, instrumentalizados pela Educação Popular.

A Amazônia de grandes projetos de infra-estrutura que atendem somente as demandas de empresas transnacionais, e suas conseqüentes contradições sociais inseridas nos meios rural e urbano nos impele a cada vez mais traçar perspectivas políticas emancipatórias na região, com parcerias envolvendo as organizações populares, a Comissão Pastoral da Terra, a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, dentre tantos outros, levantando a bandeira dos Direitos Humanos e da Educação Popular.

As mobilizações estudantis como o Congresso dos estudantes da UFPA (CONEUFPA) e Jornadas de Extensão da UFPA, aproximaram as AJUP’s da capital - que já se organizavam na REAPE (Rede de Assessoria Popular Emancipatória) - de outros núcleos do Estado que comungavam das mesmas idéias e práticas.
Assim, a REAPE passou a agrupar também o Centro de Assessoria Jurídica Universitária Popular – CEAJUP, da UFPA campus da cidade de Marabá e o Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular – NAJUP da UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará).

Para consolidação e formação política da REAPE realizamos este primeiro encontro, o EPAJUP, contendo em sua programação espaços como: Educação Popular e Direitos Humanos, Cine-Debate, Concepções de AJUP e um espaço específico para apresentação da Rede Nacional de Assessoria Jurídica Universitária (RENAJU).

A realidade de aproximação das AJUP’s com os movimentos populares é latente em todo o Estado, além da inserção como Movimento Estudantil em nossas Universidades. Tais pontos foram elencados como essenciais para a definição da articulação da Rede Estadual, e norteará as futuras articulações.


REAPE - Pará


Ilha de Mosqueiro - Pará, 21 de novembro de 2010



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

I Encontro Paraense de Assessoria Jurídica Universitária Popular - EPAJUP neste fim de semana

O começo de uma nova vida é sempre marcado por um Encontro, que não possui seu conteúdo cerrado nesta palavra, mas é propriamente como um objeto, uma chave de abertura de dimensões de existências, éticas, e que, portanto, está para além do físico, sendo metafísico e, porquê não, poético. É este, acredito eu, o sentido da realização do I ENCONTRO PARAENSE DE ASSESSORIA JURÍDICA UNIVERSITÁRIA POPULAR.

Este evento cuja sede se deve ao Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Isa Cunha e ao Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Aldeia Kayapó (NAJUPAK), vinculados a Universidade Federal do Pará, contará com a participação de mais dois projetos de AJUP recentemente surgidos na região norte e que ainda não fazem parte da Rede Nacional de Assessoria Jurídica Universitária (RENAJU), o Centro de Assessoria Jurídica Popular de Marabá (CEAJUP) e o Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular da Universidade do Oeste do Pará (NAJUP UFOPA), totalizando quatro núcleos de AJUP que conjuntamente compõem a denominada Rede Estadual de Assessoria Popular Emancipatória do Estado do Pará (REAPE/PA), entidade surgida no ano de 2008.

Certamente, as expectativas entre os dias 19 e 21 de novembro de 2010, período planejado com tanto carinho por todos os integrantes, são grandes entre os participantes. Compreender conjuntamente pela primeira vez, o cenário em que se inserem as AJUPs no norte do Brasil, tremendamente marcado por conflitos fundiários, por uma educacão progressivamente mais miserável e por uma estupidez sem tamanho no que se refere a utilização da floresta, está longe de ser algo comum ou fácil. O Pará de proporções territoriais gigantescas é coberto por um manto não de proteção, mas de facetas de diversidades, incluindo inúmeras tragédias.

Assim, o que fazer? É torcer para que nossos heróis e nossas heroínas cerquem-se das energias que vem dos rios amarelos da Ilha de Mosqueiro onde será realizado o Encontro e que, eles e elas tenham, acima de tudo, um encontro entre si, que produza união aos que sofrem ao lado do povo, mas que, sobretudo, ao lado deles lutam e vivem.

Meus melhores pensamentos para estes companheiros e estas companheiras, pode nas palavras de dois integrantes do NAJUPAK, Leon e Celice, assim ser dito:

Eu falo
Tu falas
Todos falamos
Nossas idéias se confrontam
Se complementam,
Nossas vozes, que antes
Apenas ecoavam no vazio,
Agora compõem um pequeno coro
De grandes vozes


Texto: Mariana Matos (também disponível em http://assessoriajuridicapopular.blogspot.com/)

PROGRAMAÇÃO

Dia 19/11 (sexta-feira)
19h00 – saída ao local do encontro
20h45 – mística de abertura
21:15 – abertura do EPAJUP
• Informes da sede
• Repasse da programação
• Divisão de tarefas
22h00 – noite cultural

Dia 20/11 (sábado-feira)
06h30 – alvorada
07h00 – café da manhã
08h00 – Oficina sobre Amazônia, conflitos agrários e movimentos sociais.
12h00 – almoço
13h00 – tempo tarefa
14h00 – Oficina: “Educação Popular em Direitos Humanos”.
19h00 - jantar
20h00 – Cine clube: “Pão e Rosas” (1h30).

Dia 21/09 (Domingo)
06h30 – alvorada
07h00 – café da manhã
08h00 – Oficina sobre Assessoria Jurídica Universitária Popular (AJUP)
12h00 – almoço
13h00 – tempo tarefa
14h00 – Oficina sobre a Rede Nacional de Assessoria Jurídica Universitária (RENAJU)
19h00 – Jantar
20h00 – Avaliação e encerramento do Encontro

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vem aí o EPAJUP (o quê?!)

É isso mesmo: EPAJUP é o Encontro Paraense de Assesoria Jurídica Universitária Popular, onde as ajups de atuação no Pará vão se reunir de forma inédita para instaurar uma nova interação em termos estaduais, para a consolidação de uma extensão em direitos humanos mais próxima da comunidade.

Estão envolvidos no EPAJUP: NAJUPAK e Najup Isa Cunha, estes da UFPA de Belém, CEAJUP, da UFPA de Marabá, e o Najup Ufopa vindo de Santarém. E possivelmente teremos Altamira no encontro.

O EPAJUP será de 19 a 21 de novembro próximo na Ilha de Mosqueiro, em Belém.

Aguardem novidades!

Texto: Ricardo Melo

Najupak participa do V ENNAJUP em São Luís-MA

O Najupak esteve representado no V ENNAJUP 2010 - Encontro Norte-Nordeste de Assessoria Jurídica Universitária Popular, realizado de 29 de outubro e 01 de novembro, na linda São Luís, organizado pelos Najup Negro Cosme, PAJUP e Najup Maria Aragão, além do apoio da RENAJU.

Como tem sido características dos ENNAJUP'S, foi um encontro onde a renovação reinou e mais inquietude foram levantadas para nossa Rede Nacional, cada vez com mais desafios a ela imposta.

Trazemos trecho da fala de Carlos José (Najup Negro Cosme), veiculada na lista de emails da Rede, que expressa bem o que foi o VENnajup 2010, ficando-nos no aguardo das discussões e encaminhamentos para o Encontro Nacional da Rede em 2011 a ocorrer em Porto Alegre (tchê!).

"Desde o ERENA Teresina, não houve uma só noite em que eu, conversando com o teto do meu quarto antes de dormir, não perguntei como seria esse ENNAJUP. Só que ele não podia responder. Ele não saberia dizer das tensões, das chateações, dos deslizes, dos erros de cálculo. Imagina então se ele saberia dizer da alegria, dos risos, dos tchu-tchus, das cirandas, dos abraços tão apertados, dos olhares tão sinceros, dos corações tão próximos, batendo no mesmo compassou. Ele não saberia dizer dos choros de raiva, de tristeza, de imensa felicidade. Desse ENNAJUP que eu nem sei como descrever, que foi melhor do que sempre sonhei que podia ser, esse ENNAJUP que às vezes se alimentava apenas dos nossos sonhos, do qual por vezes pensamos em desistir. Porque tivemos muito medo quando víamos aquele 29 de outubro chegar cada vez mais rápido e faltar dinheiro, faltar estudo, faltar paciência, sobrar desafios. E que estranho... agora eu queria que esse 29 de outubro voltasse...

(...) não consigo parar de pensar e sentir o ENNAJUP muito forte e se eu não sentasse pra escrever, capaz que eu explodisse. Tenho que agradecer a tod@s pelo fervor das almas, por virem cheios de ideias na cabeça e de amor no coração. Agradeço, em nome do Carué (rá, quem tu pensas que é pra falar em nome do Cauré, doidão? xD), pela força incondicional, pela paciência e compreensão diante de nossos muitos erros, pela disposição apesar do imenso cansaço, pelo carinho imenso com que vocês nos trataram sempre, pelo perfume de saudades que vocês deixaram em nossa terra (mas por isso eu não agradeço muito não, porque essa saudade tá doída, ó!), pelo TESÃO! Todo mundo sempre fala do desgaste das sedes pós-encontros, mas eu não me sinto nem um pouco desgastado. Cansaço, sim, tem muito! Tanto que eu dormi quase 12 horas de ontem pra hoje hehe Mas desgaste não... sinto-me renovado, com muito mais gás pra continuar na luta, essa luta de que tanto falamos e que só nós sabemos o quanto é difícil, cheia de pedras no caminho, muito mais pedregosas do que as da mística de ontem, pedras que pisamos com os pés descalços. Só nós sabemos o que é sentir os pés em carne viva e continuar avançando por cima dessas pedras. E olha que eu mal comecei esse caminho..."




Texto: Ricardo Melo

terça-feira, 27 de abril de 2010

O Programa NAJUP “Aldeia Kayapó”

Somos o Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular “Aldeia Kayapó” surgido na UFPA em 2004 e hoje é Programa de Extensão, aprovado pela PROEX/UFPA, e vinculado ao Instituto de Ciências Jurídicas. Temos como coordenadora a Prof.ª Sumaya Morhy Pereira e possuímos cerca de 15 integrantes, perfazendo bolsistas, voluntários e colaboradores. Desses membros atuam hoje no NAJUPAK estudantes de direito, ciências sociais, psicologia e profissionais.

O interesse da atuação é que não só obtém carga horária com computo em atividades complementares (ao final do ano há a expedição de certificado de participação), mas sim a abertura de conhecimentos para outras áreas, pois defendemos um direito mais interdisciplinar e baseado nas demandas coletivas e populares, visando alternativas para a realidade social e jurídica que observamos.

O Programa NAJUP “Aldeia Kayapó” conglomerará os projetos “Juventude Cidadã” e o “Arte e a Não Exatidão da Matéria” – ANEM, além de um curso de formação, previsto para o segundo semestre de 2010.

O Projeto “Juventude Cidadã: conquistando direitos, sensibilizando deveres”, em parceria com o Núcleo de Educação Popular Paulo Freire, da UEPA, almeja atuar e estudar problemas atinentes à juventude, a exemplo da questão da violência nas escolas. Além disso, fazer avaliação e reflexão de três anos de execução do Projeto é uma das metas do Juventude.

O ANEM, inaugurado em 2010 dentre as atividades do NAJUOAK, busca propiciar debates e reflexões acerca da arte, literatura, ciência e direitos humanos, envolvendo discentes da Universidade Federal do Pará, de indistintas áreas e cursos, com vistas a intrínseca relação entre pesquisa e extensão. Veja o blog www.projetoanem.blogspot.com


Ademais, pretende-se realizar um curso de formação em Assessoria Jurídica Popular, no intuito de estabelecer um diálogo entre o NAJUPAK e a comunidade acadêmica acerca da extensão, da função social da universidade, dos direitos humanos e do que vem a ser a Assessoria Jurídica Universitária Popular – AJUP.

O NAJUPAK também atua regional e nacionalmente por meio da Rede Nacional de Assessoria Jurídica Universitária – RENAJU, que é integrante desde 2007. No início de abril, o Núcleo participou do X ERENAJU – Encontro da Rede Nacional de Assessoria Jurídica Universitária, em Teresina-PI, com seis representantes levando a energia amazônica para a Renaju (aguarde maiores relatos). Nossa próxima missão nacional será a participação na organização do ENAJU – Encontro Nacional de Assessoria Jurídica Universitária e do ENEDEX – Encontro Nacional de Estudantes de Direito Extensionistas, dentro do ENED – Encontro Nacional de Estudantes de Direito, em julho em Brasília - DF

Além dessa atuação, o NAJUPAK tem a preocupação de se inserir, com a elaboração e publicação de artigos científicos em eventos científicos, como Jornada de Extensão da UFPA, SBPC, CONPEDI e outros ocorridos anualmente.

Para todo o Programa NAJUP “Aldeia Kayapó” busca-se parcerias intra e interinstitucionais, com organismos governamentais e não-governamentais. O acontecer pedagógico deve ser desenvolvido de forma progressiva, de modo que o ato transformativo não ocorra de forma isolada, para apenas uma pessoa, mas, sim, como um ato coletivo de libertação, em que a realidade seja transformada para todos os sujeitos participantes do discurso. “[...] não podemos libertar os outros; os seres humanos não podem tampouco libertar-se sozinhos, porque se libertam a si mesmos em comum, mediante a realidade que devem transformar”.

Como eixo principal dos referidos Projetos, os Direitos Humanos são compreendidos não apenas em seu aspecto formal ou na sua dimensão normativa, mas, sobretudo, como realidade histórico-cultural da população. Desse modo, esses Direitos, num primeiro momento, podem ser entendidos como uma idéia, no singular, isto é, o seu núcleo comum a todos os povos, qual seja: a dignidade da pessoa humana. Todavia, em seu modo de ser cotidiano, observam-se diferenças notórias entre os Direitos Humanos apresentados pelo discurso dos opressores e pelo discurso dos oprimidos. As enunciações ou proposições anunciadoras dos direitos básicos do ser humano sofrem, no seu entendimento, a influência dos seus destinatários, em razão de variáveis como classe social, cultura, nacionalidade ou lugar social em sentido amplo.

Por isso, apresentamos nossa proposta de Direitos Humanos, na esteira da metodologia de Paulo Freire, de uma abordagem pedagógica emancipatória dos Direitos Humanos, possibilitando o surgimento de uma razão ético-crítica como condição de um processo educativo integral. Passando esses a serem vistos com foco nos destinatários dos programas (textos) normativos constitucionais, sendo a sua dimensão teórica e moral construída por meio da práxis dos próprios sujeitos oprimidos no processo histórico. A identificação, problematização e crítica dos Direitos Humanos são entendidas como etapas do desvelamento da realidade, realizadas pelos participantes do processo pedagógico.

A construção de uma cultura emancipatória dos Direitos Humanos, objetivo maior das práticas do Programa, perpassa pelo reconhecimento, pelos participantes das atividades de cada Projeto, da condição de excluídos de toda discussão acerca dos direitos fundamentais; de oprimidos e afetados pelo sistema; e de materialmente excluídos de qualquer proposta de transformação social. Trata-se de uma perspectiva diferenciada no tratamento dos Direitos Humanos, estreitamente imbricada ao caráter ético-libertador de suas práticas.

Aguardem novas postagens por aqui.
Ficamos abertos ao diálogo.
Boas lutas!

Najup Aldeia Kayapó – Programa de Extensão do ICJ/UFPA
Email: najupak_belem@yahoo.com.br